sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aulas de Dança 2011/2

Olá pessoas!
Já saiu o cronograma, edital e a lista de turmas do Projéto Práticas Corporais do segundo semestre de 2011.
Para se informar entrem no site abaixo
http://www.portalcds.ufsc.br/extensao-atividades-fisicas-para-a-comunidade/
Já adianto que estou com as seguintes turmas:
- Iniciante I Programa: direcionado para mulheres que não possuem experiência anterior com Dança do Ventre. Introdução ao estudo dos principais passos básicos; deslocamentos; direções do corpo no espaço e equilíbrio; posturas de braços; movimentos de mãos; movimentos ondulatórios; técnica de movimentação de quadril; passos folclóricos e tradicionais; tremidos; desinibição na dança.
       4ª das 10:30 às 12:00 Sala de Ginástica – Bloco 5 A - CDS - UFSC
      3ª das 10:30 às 12:00 AABB de Coqueiros (Rua  Desembargador Pedro Silva, 2809 Coqueiros - Fpolis)
- Iniciante II Programa direcionado para mulheres que possuem experiência aproximada de 4 meses com Dança do Ventre. Aprofundamento de passos básicos; deslocamentos; direções do corpo no espaço e equilíbrio; posturas de braços; movimentos de mãos; movimentos ondulatórios; técnica de movimentação de quadril; passos folclóricos e tradicionais; tremidos; desinibição na dança. Introdução ao estudo de ritmos árabes. Introdução aos diferentes elementos utilizados na Dança do Ventre, por exemplo: snujs, véus, bengala, taças, etc.
      6ª das 10:30 às 12:00 Sala de Dança – Bloco 5 A - CDS - UFSC



As inscrições para as turmas de dança deverão ser efetuadas pelo site, das 9:30 h às 15:30 h do dia 03/08/2011, ou 9:30 h do dia 04/08 às 9:00 h dia 05/08/2011 (vagas remanescentes da primeira etapa)

Demais informações no site
http://www.portalcds.ufsc.br/files/2011/02/Extens%C3%A3o-Cronograma-e-Edital-2011.2.pdf
 

Além da dança do ventre o projeto conta com uma grande variedade de modalidades.
Participem.
Bju

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Curso de maquiagem

Coreografia ou Dança Improvisada?

Escrito por Layla Khodair   
Historicamente a Dança do Ventre é essencialmente improvisada. Nos últimos anos, foram surgindo métodos de ensino, escolas e professores especializados e dedicados em dar à dança um caráter mais “institucional”.

Com este movimento natural na história da dança, surgiram dúvidas e conflitos em suas praticantes, sejam elas amadoras ou profissionais. O certo é executar a Dança do Ventre de maneira coreografada ou improvisada?

Na verdade, deve-se aproveitar o melhor dos dois mundos. A dança coreografada nos permite desenvolver a capacidade de memorização, treinar exaustivamente os movimentos e as ligações entre eles. Nos permite conhecer intimamente a música e praticar leitura musical.

Através da coreografia se consegue elaborar a organização espacial, pensar em como dividir a atenção entre os públicos e como serão as linhas estéticas dos movimentos como braços, giros etc. Se houver um elemento cênico como o véu, é possível planejar como dançará com ele, quando e como o largará. Finalmente, é possível ainda desenvolver um trabalho aprofundado de interpretação e expressão corporal, buscando decodificar o que a música está pedindo em cada momento.

Em contrapartida, a dança improvisada nos permite ser espontâneas e com a experiência, ficamos mais ágeis e reagimos cada vez mais rapidamente às mudanças repentinas na música ou a situações inesperadas. Para fazê-la, é preciso deixar aflorar as impressões e experiências acumuladas ao longo da vida, desde as memórias mais remotas da infância até as informações técnicas recebidas em sala de aula.

Cada bailarina adota uma maneira particular de dançar. Algumas dançam de maneira totalmente improvisada, outras coreografam trechos da música e improvisam no restante e há aquelas que gostam de executar tudo integralmente coreografado.

Não existe certo ou errado. Existem fatores que devemos levar em consideração: mesmo a dança improvisada exige uma base técnica e, por outro lado, a bailarina que coreografa totalmente a sua dança, se não trabalhar a improvisação, poderá acabar executando uma apresentação mecânica e previsível e terá pouca habilidade para lidar com adversidades.

O importante é encontrar uma maneira de dançar em que se sinta segurança, respeitando e aperfeiçoando a técnica a cada apresentação, sem esquecer a parte espontânea e lúdica que fazem parte da arte de dançar!



Fonte: http://www.centraldancadoventre.com.br/artigos/448-coreografia-ou-danca-improvisada
Publicado originalmente em: http://laylakhodair.wordpress.com/

sábado, 16 de julho de 2011

Expressão na Dança do Ventre

Escrito por Luciana Arruda

Muitas vezes, a bailarina da dança do ventre se pergunta: Como consigo ser uma boa dançarina? E a mestra Haqia Hassam diz: “Para ser uma boa bailarina, basta ter um bom coração.”



Na verdade, o coração é a boa alma, a dedicação, o aceitar ser corrigida e treinada, a humildade, o não se comparar com as colegas e sentir felicidade com o sucesso delas. Tudo isso para mim formam o conjunto ideal da ‘boa dançarina da dança do ventre. ’


É admirável ver as bailarinas da dança do ventre que dedicam seu tempo em treinos, e treinam noite afora e o dia todo e chegam às aulas exaustas mas mesmo assim com um rendimento impecável. Outras, nem treinam tanto, mas possuem aquele talento raro de reproduzir com perfeição os movimentos e assim tornam sua dança irretocável.

Infelizmente, a expressão não se ensina nem se vende. E um fator fundamental na boa bailarina é expressar com seu corpo um sentimento, levar a emoção ao público. Isto vem como conseqüência do sentir, com a segurança em cena, com a certeza de estar fazendo um bom trabalho, uma boa dança.


A bailarina expressiva consegue transmitir o que quer que seja, em humores diversos, com apenas um olhar, um sorriso, um gesto em seu corpo, com a ponta dos pés, com uma pose de efeito.


Conheçam alguns elementos que propiciam o surgimento da expressão na dança do ventre e assim cada bailarina poderá fazer uso desses elementos incorporando-os a sua dança do ventre.

Se exprimindo com o corpo todo - Em primeiro lugar é importante deixar claro que a expressão do rosto não é o único fator fundamental para uma dança do ventre de qualidade. De nada adianta uma técnica lapidada e perfeita, se o rosto e o corpo que dançam não traduzem emoção. E expressão é sinônimo de emoção, na arte. Para entender, vamos dissociar o velho jargão de que expressão remete apenas à face. Errado. Você pode expressar uma série de mensagens e emoções com todo o seu corpo. Os olhos, os lábios, os ombros, o tronco, as mãos, e principalmente as palmas das mãos. A roupa de dança do ventre, das cores e os acessórios, também enviam uma mensagem.

Traduzindo em miudos e colocando tudo isso em prática seria mais ou menos assim:

1-Pense numa artista a qual você admira.
Uma professora, uma bailarina profissional ou um outro artista que não necessariamente seja do ramo da Dança do Ventre. Observe nas fotos em que ele ou ela sempre aparece, identifique a principal característica desse artista.

Certamente irá surgir uma ‘marca’ algo que esse artista tem e que sempre aparece em seus shows e fotos.

Maria Bethânia e sua mão para cima, seu olhar vislumbrando o infinito, Roberto Carlos e seu terno branco, seu microfone jogado de lado e assim segue uma sucessão de famosos artistas.

Dina, com a sua expressão de languidez no olhar, suas mãos desenhando um caminho invisível no ar, Jade El Jabel com seus olhos de feiticeira e um sorriso que dificilmente surge, mas quando aparece inunda a sala.



Lulu Sabongi é expressiva por inteiro. Isso ninguém pode tirar dela. Lulu tem uma entrega que se reflete desde a maneira como movimenta o cabelo, passando pelas mãos, pelo olhar meio em transe e toda a maneira como seu corpo se movimenta. (Eu amo essa mulher!!!)

2-Observando-se a si mesma para conhecer a mensagem que envia para os outros.

Pensando nesses exemplos, é preciso, antes de tudo, um exercício de auto conhecimento. Faça um laboratório de si mesma. Tarefinha da semana: observar-se.

Primeiro, anote em um caderno, quais os comentários que costuma ouvir, que se referem ao seu corpo ou gestual.

Por exemplo: “como você é delicada” ou “ você é desastrada” ou ainda “você tem um jeitinho de andar...” Anote esses comentários, mas não os conceitue como verdadeiros e imutáveis, Isso é somente para você ter uma idéia da mensagem não verbal que costuma transmitir para as pessoas.


3-Anote suas características gestuais internas e externas, do tipo:

- o som do seu riso ou gargalhada, como é? Alto, baixo, sussurrado, exuberante...

- sua respiração - lenta, compassada, acelerada, sem ritmo, profunda, curta...

- a maneira como você se desloca – passos curtos ou longos, rapidamente, devagar, para onde olha, a postura ao caminhar, como movimenta os braços...
- a maneira como você pega objetos – se é delicada, se atrapalha e derruba tudo, se coloca força ou intensidade, se é suave (como segura os talheres,como escreve, como bebe água...)
- como se posiciona em diferentes ocasiões – quando se senta, como fica? Como costuma dormir? Quando está parada, conversando, como costuma ficar?


4- Peça aos outros que falem de você

Peça para seus pais ou irmãos falarem sobre você (se sorri muito, se fala demais, se é arredia com estranhos) eles são as melhores pessoas para sinalizar, ouça com atenção e não os critique por dizerem o que pensam.

5- Elaborando uma lista de como os outros vem você é como você se percebe.

Este exercício é apropriado para que você se conheça, se observe e selecione diversos itens tanto externos (como as pessoas te vêem) como internos (como você se vê, se percebe). Faça uma lista de ambos e encontre pontos comuns ou divergências, anote qual prefere para si.


Entenda que o olhar do outro muitas vezes não coincide com o nosso olhar. Isso deve ser encarado com leveza, sem crises ou exigências.

Lembre-se: independente do outro, você é única e isso não deve se alterar pela maneira com que os outros nos interpretam.

É aquela história: pergunte para alguém que gosta de mim se eu sou legal, claro, a pessoa dirá que sim. Pergunte a alguém que não suporta você, bem, a opinião será totalmente contrária.

Portanto, tendo anotado esses itens, você pode elaborar um guia gestual para ajudá-la a decifrar e entender suas mensagens e seu comportamento expressivo. Em seguida, pense em como traduzir isso para a sua dança.


Jade El Jabel acredita que “A mulher é na dança o que é na vida.” Ela pede para imaginarmos a mulher sorrindo, transando, parindo.


Pense nessas expressões. Não tem como ser menos, disfarçar o que a move. A bailarina expressiva deve ter isso em mente. Ser, por inteiro, em sua dança e o primeiro passo para isso é a entrega, o que acontece quando a bailarina está totalmente iersa em seu "ser cênico", ou seja, atenta ao palco, música, platéia.


O “ser cênico” é um termo utilizado didaticamente em Artes Cênicas, especificamente no Teatro, para denominar a diferença entre sua “personalidade cotidiana” e o “ser cênico”, ou seja, “a pessoa que surge quando se coloca no palco”.


O palco, onde a bailarina se coloca com o seu “ser cênico” é uma estrutura dinâmica e elaborada que tem por objetivo trazer o imaginário, o mágico e etéreo para a platéia.


Quando estiver no palco, tenha claro em mente que é apenas um momento, assim que sua apresentação de dança do ventre termina, o ser cênico sai de cena.


Agora como colocar em prática o seu Ser Cênico?

Imagine que a música da dança do ventre conta uma historia. Em seguida, imagine que a música sussurra uma história em seus ouvidos. Você deve reagir as palavras dela com o seu semblante (riso, tristeza, alegria, mistério.... adoro mistério...).

Imagine também que cada gesto seu, é uma história a ser contada para a platéia. Por exemplo, ao tocar o cabelo, imagine que está embaixo de uma cachoeira, lavando o cabelo. Ou ao esticar os braços e movimentar levemente a mão, que está tentando tocar alguém que se distancia, ou que chama por alguém. Assim é que começa a expressão no corpo. Reagindo a história que a música traz, e contando ao publico o que você ouve e sente.



Lembre-se de que as palmas das mãos é fator essencial para comunicar-se. É através dela que você direciona o seu olhar e faz com que o público olhe para você. Sua face também se expressa. A começar, pelo tipo de maquiagem que você utiliza. (leia mais sobre maquiagem aqui). Sorrir é algo que deve ser espontâneo. Não sei o que é pior: não sorrir, ou fingir que sorri. O riso fingido é feio, superficial e causa desconforto para a platéia que assiste.


O que a música está contando para você? Se a música te contar algo alegre, sorria. Se a música te contar uma saudade, uma tristeza, não há porque sorrir. Simples assim!


Mas... como ouvir as histórias que a música conta? Com dois órgãos: ouvidos e coração. Sim, você deve sentir a maneira como seu coração pulsa ao ouvir uma melodia. Faça esse exercício: coloque um rock, dos bons. Depois uma ópera. Depois, uma bossa nova, um samba, um heavy metal. Coloque suas mãos em cima de seu coração enquanto ouve essas músicas e sinta a diferença no pulsar. É assim que, também sua expressão, deve movimentar-se.


E o que é expressão dinâmica?

Trata se de exprimir vários tipos de sentimentos um depois do outro. Expressão é dinâmica, ela não fica "congelada" e sempre igual.


Para aprender a se exprimir dinamicamente, a dançarina da dança do ventre deve sentir as nuances da música e modificar sua expressão na medida em que a música modifica a sua emoção. Estimule a sua emoção com musicas árabes de Dança do Ventre.


Escute as seguintes três musicas. Elas tem uma gama de nuances que podem estimular sua emoção de maneira completa.

-‘Oyoun’ (do cd Arabesque Dance),

-‘Nadia’ (do cd A Tribute to The Legend Nadia Gamal –Al-Ahram Orchestra) e

-Al-Houriyah “The Fairy” (do cd Jalilah’s vol.6)


Ouça primeiro de olhos fechados. Depois, ouça a música olhando-se no espelho e fazendo "caras e bocas" conforme escuta, tentando explorar o que a música te proporciona em termos de emoção.

Em seguida, dance. Sem compromisso.Simplesmente dance!

Como elaborar um conteúdo expressivo na Dança do Ventre?

Todos esses itens são um guia para você elaborar o seu conteúdo expressivo.

Lembre-se de que flutuações de humor, hormônio, tensão pré mestrual podem modificar a sua expressão e até a sua dança. Permita-se ouvir muita música e treinar muito, para se defender desses contratempos e escorregões emocionais.

A bailarina da dança do ventre expressiva é aquela que sabe separar as suas emoções e adaptar-se as emoções do ‘ser cênico’ na medida em que a música pede. Sentir primeiro para expressar-se através da música da dança do vente depois.

Para ter expressão é preciso antes de tudo, sentir. Por isso, solte-se, desprenda-se dos valores, medos e inseguranças e crie o seu ‘ser cênico’ para sentir-se segura e protegida.

Muita música, muita leveza e dance sem medo... Nesses momentos... permita-se ser você mesma!!!

Fonte: http://www.centraldancadoventre.com.br/artigos/546-expressao-na-danca-do-ventre
Publicado originalmente em http://www.abailarina.com/artigo25.html